Quando o Boteco Carioquinha abriu as portas, em 1966, na Lapa, tudo era bem diferente. Tanto o bairro, ainda mal visto, quanto o próprio bar, que vendia as tradicionais cervejas comerciais em litrão, cigarros a varejo, os icônicos ovos rosas e quitutes como carne assada, moela e jiló. Mas, de lá para cá muita coisa mudou. E para comemorar a data, no domingo, o bar recebe sua tradicional feijoada regada à cerveja. De presente, ainda tem o lançamento do chope Chica da cervejaria Donna, uma English IPA, feita especialmente para a data. O ingresso - a R$50 - dá direito a camisa personalizada e feijoada completa.
Ainda na década de 70, seu Antônio, o Bigode, comprou o imóvel. E deu continuidade à rotina do casarão antigo, com balcão em L, piso em pastilhas vermelhas e paredes de azulejos azuis e rosa. A mudança veio quando um de seus três filhos, Sérgio Crespo, que cresceu e trabalha ali desde os 12 anos, assumiu o negócio. Hoje, Bigode aplaude o sucesso do bar longe dos balcões.
Há cerca de seis anos, após conseguirem alugar a loja ao lado e aumentar o boteco, foi feita uma grande obra. A ideia inicial era reabrir o Carioquinha no formato de antes, um botequim de raiz, com mais conforto e melhor serviço, mas quase na reinauguração, após cinco meses de obras, um desentendimento com a maior cervejaria do Brasil fez com que Sérgio mudasse de visão e investisse de vez nas cervejas artesanais e especiais, movimento que então começava a engatinhar ainda na cidade.
Hoje o bar conta com duas belas cartas, divididas entre rótulos nacionais e importados, que somam mais de 500 rótulos. No cardápio, releituras de petiscos tradicionais e saborosos hambúrgueres. A festa começa ao meio-dia.