É feito com uvas da Serra da Canastra, em Minas Gerais, a 1.100 metros de altitude, o melhor vinho brasileiro. E quem assina embaixo é o Decanter World Wine Awards, o mais importante concurso mundial do setor. O Sabina Syrah 2021, produzido pela Sacramentos Vinifer, recebeu 92 pontos, a nota mais alta do país, e uma medalha de prata. Para os jurados, trata-se de "um vinho bonito e atraente, com notas de fruta em compota e notas florais elegantes no nariz. Na boca, especiarias sutis e taninos puros".
O Sabina já havia recebido pontuação elevada pelo Guia Descorchados, 93 pontos, que o escolheu o melhor tinto do Brasil. A publicação avalia rótulos de Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. O Sabina também passou com louvor pela avaliação da Revista Adega, 92 pontos.
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A marca pertence à família Donadelli, ligada à indústria de calçados masculinos, em Franca, São Paulo; ao mercado imobiliário, com a JFD Empreendimentos; e ao agronegócio.
- Sempre buscamos fazer o melhor, mas a premiação, já na primeira safra, além de ser ótima surpresa, traz enorme responsabilidade - diz o produtor Jorge Donadelli.
Diferentemente dos rótulos elaborados no Sul do país, em que a vindima ocorre no verão, ele é um vinho de inverno. Conseguem-se nesta época frutas de melhor qualidade com processo de maturação muito lento, já que as noites são relativamente frias. Foi vinificado em tanques de inox em Caxias do Sul, para onde as uvas foram levadas em caminhão refrigerado. Nada de madeira em seu processo de elaboração.
Ao comentar o vinho, o Guia Descorchados, do chileno Patricio Tapia, conta que “a região de origem dá duas colheitas por ano, uma no verão e outra em julho. A primeira é descartada e, após a poda, obtém-se esta segunda colheita que, neste caso, foi colhida na terceira semana de julho para dar um delicioso suco de frutas vermelhas; um vinho de sede, cheio de frutas e flores e um corpo médio, com taninos muito macios. Para beber por litros”.
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O vinhedo São Miguel fica no Cerrado Mineiro, mais especificamente na Serra da Canastra, e a poucos quilômetros da reserva nacional. É jovem, plantado apenas em novembro de 2018 em solo argiloso. A escolha das uvas para o local recaiu sobre duas castas francesas: a Syrah, que tem dado excelentes resultados no Sudeste e deu origem ao Sabina, e a Sauvignon Blanc.
Quem assina o vinho é o enólogo uruguaio Alejandro Cardozo, radicado no Brasil há anos e eleito dois anos seguidos o melhor do país pelo Guia Descorchados.
A mesma vinícola produz um rosé com Syrah, também batizado de Sabina, que obteve 90 pontos também no Descorchados.
A vinícola está aceitando reservas para a compra dos dois vinhos no site. Não há ainda informação do preço. Foram elaboradas aproximadamente 1.500 garrafas do tinto e 1.000 do rosé.