O Choro na Gamboachega a sua segunda edição a partir desta quinta no pilotis do Museu de Arte do Rio (MAR), com uma justíssma homenagem ao bar Semente, reduto do choro carioca. Mais uma vez sob a curadoria de Yamandu Costa, o festival vai até sábado, sempre com entrada franca, das 18h às 22h.
Se, na primeira edição, no ano passado, a nova e velha geração estiveram presentes, agora a proposta é mostrar as diversas levadas do gênero. Na estreia, nesta quinta, o baiano Armandinho, mestre da guitarra baiana, e o dueto formado pelo sanfoneiro pernambucano Mestrinho e o violinista francês Nicolas Krassik são as grandes atrações, ao lado do grupo Luzeiro, inspirado na riqueza do universo das bandas de coreto.
- O Choro é o retrato musical da miscigenação do povo carioca, um estilo que atravessou toda a história da cidade. Teve seus altos e baixos, perdendo espaço na época da bossa nova e rock dos anos 80, por exemplo, mas sempre se manteve presente e hoje ocupa diversos palcos e rodas do Rio - lembra Yamandu.
O segundo dia será dos grupos que levam o choro Brasil afora, como os veteranos Água de Moringa, com repertório que vai de tradicionais até os contemporâneos Guinga, Hermeto Pascoal e Radamés Gnattali; e Nó em Pingo D’água, apresentando seu novo álbum, Antologia do Samba. Fechando a noite, a Orquestra Criôla sobe ao palco com seu som empolgante, com base no samba de gafieira combinado com ritmos de matrizes africanas, brasileiras e caribenhas, como o carimbó, ijexá, zouk, baião, rumba, bolero e merengue. O show ainda conta a participação do saxofonista Léo Gandelman e de Humberto Araújo.
A última noite será inteiramente dedicada ao bar Semente, reduto do choro no Rio, na Lapa. Habitués da casa como, Marcos Sacramento, Ronaldo do Bandolim, Zé Paulo Becker, Gabriel Grossi, além do grupo que leva o nome do bar Semente Choro Jazz fecham o festival.