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Homenagem ao samba e ao carnaval carioca

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O mestre-sala Claudinho já está na concentração, à espera de mais um desfile na Marquês de Sapucaí, com a mulher, a porta-bandeira Ceci. Mas, cansada do jeito mulherengo do marido, ela decide terminar o casamento bem ali, antes de entrar na Avenida. Assim começa a peça "Entregue seu coração no recuo da bateria", que estreia, nesta quinta, no Teatro Gonzaguinha, ali ao lado Sambódromo.

Entregue seu coração no recuo da bateria

Com direção de Joana Lebreiro e elenco que reúne os atores Pedro Monteiro, Gabriela Estevão e Jorge Luiz Jeronymo - locutor oficial da Estação Primeira da Mangueira -, a peça começa na rua e e segue para o palco, onde faz uma homenagem à Sapucaí, às grandes histórias de amor e à força feminina.

Com texto de Pedro Monteiro, idealizador do projeto, e Marcus Galiña, o espetáculo resgata a trajetória do relacionamento entre Ceci e Claudinho, traçando um paralelo com os quesitos de avaliação de um desfile de escola de samba na Marquês de Sapucaí.

- Depois de montar os espetáculos Os Ruivos, que tratava do preconceito; Funk Brasil – 40 anos de baile, homenagem ao gênero; e Um de nós, cujo tema era a busca de um sonho, quis contar uma história de amor em um ambiente onde a mulher é tratada como uma rainha -  explica Pedro. - Criar essa história dentro universo do samba veio naturalmente, já que tenho uma ligação afetiva com o gênero desde criança, quando frequentava os bailes infantis do Bairro de Fátima.

A atriz Gabriela Estevão também faz parte do universo do samba carioca. Este ano, ela foi eleita musa do Carnaval de rua pela atuação como porta-bandeira do bloco Meu Bem, Volto Já. Apesar da experiência, na hora de viver uma porta-bandeira no teatro, foi preciso estudar muito.

-Entregue seu coração no recuo da bateria Minha maior preocupação foi a questão técnica. A porta-bandeira na avenida é uma rainha, por isso fiz questão de estudar todos os movimentos e a postura correta -  lembra a protagonista, que ressalta ainda a importância que o espetáculo dá à luta feminina. - O texto foge dos estereótipos ligados à mulher e isso deixa toda a equipe mexida.

A porta-bandeira Selminha Sorriso, há mais de 20 anos na Beija-Flor, foi convidada para o posto de preparadora de dança do casal na peça. É o primeiro trabalho dela no teatro.  E a trilha sonora, que reúne sambas-enredos que fizeram sucesso na avenida entre 1984 e 2015, será um quarto personagem na peça. 

O Teatro Gonzaguinha fica no Centro Municipal de Cultura e Cidadania Calouste Gulbenkian (Rua Benedito Hipólito, 125). De quarta a sexta, às 19h30, e sábado, às 19h. R$ 30.  


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