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Channel: Saideira - O Globo
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Mestre-cervejeiro da Miller ensina os 5 passos na degustação de uma cerveja

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Quem vai ao complexo Miller, em Milwaukee, nos Estados Unidos, conhece a fábrica vencedora do prêmio de melhor grande cervejaria do prestigiado World Beer Cup (WBC), realizado no início de maio na Filadélfia. Mais do que isso, na visita guiada ao local é possível aprender sobre a importância histórica da indústria cervejeira para a cidade, conhecer os diferentes prédios em que ocorrem as etapas do processo de produção em larguíssima escala (bem diferente das micro que geralmente falamos no SAIDEIRA) e, no ponto alto, ouvir a barulhenta máquina capaz de engarrafar 1.400 long necks por minuto. 

Por lá, ouve-se falar muito sobre um tal de David Ryder, ou apenas Dr. Ryder, mestre-cervejeiro da marca. O cara é um globetrotter da cerveja. Nascido em Londres, ele trabalhou em uma maltaria inglesa antes de começar uma jornada pelo mundo. De lá, foi para a África do Sul, onde ficou um tempo antes de ser mandado para a vizinha Rodésia, que viria se chamar Zimbabwe em 1980, quando ele ainda estava lá. (Calma! Ainda não terminou.)

O mestre-cervejeiro foi trabalhar na Bélgica, mas, logo, voltou para a África. Dessa vez, passou por Costa do Marfim, Nigéria, Quênia, Uganda e Congo. De lá para a China, para o Japão e, enfim, se estabeleceu nos Estados Unidos, onde foi contratado como consultor em Chicago. (Ufa!) Em 1986, ele pôs fim à vida de andarilho-cervejeiro ao se mudar para a vizinha Milwaulkee, a apenas uma hora e meia, contratado pela Miller, em que está até hoje.

Carismático e popular no universo cervejeiro norte-americano, Dr. Ryder é uma figura que tem todo o perfil de fazer um programa de televisão. Não vou me surpreender se ele pintar num MasterBeerChef da vida (Nem existe o programa, mas olha a dica!). Ele foi um dos entrevistados no famoso documentário How Beer Saved the World ("Como a cerveja salvou o mundo", na tradução livre), do Discovery Channel, produzido em 2011, mas sua participação foi curtinha. Merece mais!

Para o SAIDEIRA, ele explicou como degustar uma cerveja em cinco passos. O vídeo foi gravado na histórica cave da Miller, em que, ainda no século XIX, barris com cerveja era armazenados. Hoje, o local tem um restaurante utilizado em ocasiões especiais. Peço perdão, mas, tanto a luz quanto o áudio não são dos melhores. Para quem desejar ativar as legendas em português, não esqueça de apertar no "CC" (Closed Caption) no canto inferior da janela de vídeo no Youtube.

Embora não revele sua idade - dá para ter uma ideia pelo tempo de trabalho -, ele está prestes a se aposentar. Sua vida profissional foi estabelecida nas grandes cervejarias, mas ele observa com animação o crescimento do mercado americano das artesanais. Já são mais de 4 mil fábricas por lá e, em breve, ele terá participação em uma delas, ainda em fase de criação, em Milwaukee. Apesar do entusiasmo, Dr. Ryder é crítico ao excesso de lúpulo em algumas receitas (algo frequentes nos EUA, especialmente nas IPAs) e da incapacidade de reprodução da mesma receita.

- A cerveja mais difícil de fazer é a que eu faço. Numa receita leve como a Miller Lite, com 4,2% de teor alcoólico, é impossível esconder um erro na produção - explica sem falsa modéstia Dr. Ryder, falando sobre a cerveja que venceu o WBC 2016 como a melhor Light Lager do mundo e que pode ser a próxima receita da Miller a chegar ao mercado brasileiro.

O tour da fábrica em Milwaukee é gratuito e dura uma hora. Outras atrações (tem o Museu Harley-Davidson!) da cidade podem ser conferidas nesta matéria do BOA VIAGEM. Para quem quer economizar, a unidade de Teresópolis do Grupo Petrópolis (sim, é confuso) produz há um ano a Miller Genuine Draft, única marca da empresa no Brasil. A visita guiada por lá também é gratuita. Confira aqui as informações do Beer Tour em Teresópolis.

*O repórter viajou a convite da Miller Brasil.


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