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O que você precisa saber sobre os Vinhos Verdes; confira sugestões de rótulos dessa região de Portugal

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Vinhedo da região de Vinhos Verdes

Conhecida no Brasil por seus vinhos brancos refrescantes, amados por portugueses que vieram para o país e por seus descendentes, a região dos Vinhos Verdes tem muito a oferecer em termos de rótulos. Os números surpreendem: são 16 mil viticultores, 600 produtores, 1.400 marcas de vinho exportadas para mais de cem países.

- É uma região que fica ao Norte de Portugal, entre o Douro e o Minho. É única, com dois perfis de vinhos diferentes. Um jovem, mais aromático e fresco. E outro mais sofisticado, com potencial de guarda, com aromas e sabores complexos, intensos e minerais - explica Gonçalo Rowett, representante da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

Tita Moraes: A região dos Vinhos Verdes tem crescido em termos de novas marcas e novos produtores

A sommelière Tita Moraes, que visitou a região no fim do ano passado, ressalta que os produtores têm se empenhado em elaborar estilos diferentes de vinhos:

- Em recente visita à Região dos Vinhos Verdes, pude perceber como a região tem crescido em termos de novas marcas e novos produtores, e como existe grande interesse em trabalhar diferentes estilos de Vinhos Verdes aqui no Brasil. O mercado brasileiro está muito acostumado a oferecer quase sempre os com o perfil de leveza e frescor, que já é super aceito e compreendido pelo consumidor. Mas existe um empenho para mostrar que a oferta por aqui pode ir além disso, com opções de vinhos com mais intensidade, complexidade e, para surpresa de muitos, com potencial de envelhecimento - detalha.

Luiz Barros: "Há mais para se conhecer sobre os vinhos da região encantadora"

Já o sommelier Luiz Barros ressalta a diversidade da região, com muito a ser descoberto pelo consumidor brasileiro:

- Impressiona a diversidade de micro terroirs da região do Vinho Verde, com suas nove subregiões. Quando você soma isso a variedade de castas, que possibilitam cortes surpreendentes e o uso de barricas de carvalho, que resulta em um Vinho Verde branco mais encorpado, percebe-se que há mais para se conhecer sobre os vinhos dessa região encantadora - avalia.

Vinhos Verdes: região tem muitos tons de verde

Por que vinhos verdes? 

Os vinhos da região não são verdes, mas a região tem vegetação exuberante. São muitos tons de verde que dão o nome à Denominação de Origem, demarcada em 1908. Trata-se de uma das mais antigas regiões vitivinícolas portuguesas, onde são produzidos vinhos brancos, tintos, rosés, espumantes e aguardentes. No Brasil,os rótulos mais encontrados são os brancos, conhecidos por seu frescor.

Diferentes estilos 

A Denominação de Origem produz vinhos jovens, leves e frescos, com baixo teor alcoólico, mas também rótulos sofisticados, que apresentam grande potencial de guarda, além de aromas e sabores complexos, intensos e minerais. Nessa trilha, há rótulos de colheitas com 10 anos ou maisenvelhecidos de uvas como Alvarinho ou Avesso; que passaram por barrica; de vinhas velhasde parcelas do vinhedo, entre outros. 

Para impressionar 

Os números da Denominação de Origem chamam a atenção pela grandeza:

- 16 mil hectares devinhas
- 16 mil viticultores
- 370 engarrafadores
- 1.400 marcas de vinho
- 45 castas permitidas para a DO Vinho Verde e 67 castas permitidas para IG Minho
- 9 sub-regiões para a DO Vinho Verde
- 80 milhões de litros de produção anual
- Mais de 100 mercados de exportação

As uvas brancas

Alvarinho: vinhos com potencial de guarda

As principais castas brancas usadas nos vinhos produzidos na região são: Alvarinho, Arinto (Pedernã), Avesso, Azal, Batoca (Alvaraça), Loureiro e Trajadura (Treixadura).

- Percebo que, apesar da popularidade da Alvarinho no Brasil, as castas Loureiro e Avesso surpreendem muito e colaboram para a construção de um novo olhar e uma nova compreensão dos Vinhos Verdes fora de Portugal - avalia Tita Moraes.

Confira mais sobre essas castas:

Alvarinho - Cultivada na sub-região de Monção e Melgaço e também cada vez mais plantada em outros pontos da região e do país. Seu vinho tem aroma intenso e complexo, com notas de marmelo, pêssego, banana, limão, maracujá e lichia. Na boca, apresenta complexidade e e frescor. Tem grande potencial de guarda e evolução em garrafa. Com a evolução, adquire aromas de laranja madura, marmelo, notas de avelã, amêndoa e mel.

Arinto: com evolução em garrafa, vinhos apresentam aroma de compota de pêssego

Arinto - É cultivada por toda a região e seus vinhos têm aromas de frutas, como as cítricas, de maçã e de pera, e florais. Na boca, tem mineralidade, com toque salino. Também possui grande potencial de guarda, e com o tempo adquire notas de compota de pêssego.

Avesso - Produz vinhos com aromas frutados (laranja e pêssego), amendoados (frutos secos) e florais. Na boca, prevalecem as notas frutadas. Seus vinhos são frescos, encorpados e com alta persistência. Tem grande potencial de guarda e, com a evolução, apresenta notas de fruta branca, como marmelo e pera.

Azal - Tem notas de frutas como lima, limão, toranja e maçã verde. Faz vinhos com grande frescor.

Loureiro: casta plantada em quase toda a região e bem adaptada às zonas do litoral

Loureiro - Essa uva antiga e de alta qualidade tem caráter frutado (limão e maçã verde), além de notas mentoladas e florais (rosas e jasmim), de mel e até aromas tropicais. Na boca, revela notas de frutas e minerais.

Trajadura - É cultivada por toda a região e considera de boa qualidade, com aromas de frutas maduras, como maçã, pera e pêssego. Nos anos frios, as notas de maçã verde se sobressaem. Na boca, também apresenta caráter frutado, acidez moderada e elegância. Evolui para aromas melados e fruta madura e um final de boca longo e aveludado.

As uvas tintas

Vinhão: aromas de frutas vermelhas

As principais tintas são: Alvarelhão (Brancelho), Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro, Pedral, Rabo-de-Anho e Vinhão.

A Vinhão é cultivada em toda a região pela qualidade e produz vinhos de cor intensa, vermelho granada. Tem aromas intensos de frutas vermelhas bem maduros como groselha, amora preta, framboesa e, às vezes, notas florais da violeta. Possui taninos firmes e final de boca muito persistente com uma pequena adstringência. Evolui para notas de cravo e cravina (mistura vegetal com doce).

Confira dicas de Vinhos Verdes

O Covela Avesso Branco

Adega do Marquês Branco Vinho Verde DOC - R$59,90 (Evino)
Adega Guimarães Verde DOC - R$94,90 (Grand Cru)
Alvarinho João Portugal Ramos 2020 - R$ 144,90 (Grande Adega)
Artefacto D.O.C. Vinho Verde 2020 - R$ 59,90 - sócios; e R$ 70,47 não sócios (Wine)
Cores de Vinho Verde DOC - R$61,90 (Evino)
Costa do Sol D.O.C. Vinho Verde 2019 (Wine)
Covela Arinto - R$ 117 (Woods Wine)
Covela Avesso - R$ 117 (Woods Wine)
Covela Avesso Reserva - R$ 243 (Woods Wine)
Deu La Deu Alvarinho Reserva - R$ 180 (Woods Wine)
Fundação Eça de Queiroz Tormes - R$ 99 (Woods Wine)
Lagar Vinho Verde DOC - R$49,90 (Evino)
Loureiro Adega Ponte de Lima - R$59,99 (Pão de Açúcar)
Loureiro João Portugal Ramos 2020 - R$ 58,90 (Grande Adega)
Magnate Alvarinho - R$67 (Extra)
Mito Escolha Vinho Verde - R$ 149 (Total Vinhos)
Muralhas de Monção - R$ 103,95 (Woods Wine)
Passatempo Rosé Vinho Verde DOP - R$61,90 (Evino)
Pérola da Vinha Vinho Verde DOC - R$59,90 (Evino)
Piranha D.O.C. Vinho Verde 2020 (Wine)
Quinta da Lixa Loureiro - R$69,99 (Pão de Açúcar)
Quinta da Raza - R$137,49 (Ndays)


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