Dez anos de amadurecimento no período da pandemia de Covid-19. Assim o diretor comercial e de marketing da Casa Flora, Antônio Pereira Carvalhal Neto, descreve o que ocorreu com a importadora, uma empresa familiar que soma 51 anos. A empresa traz para o país produtos de várias nacionalidades para a mesa do consumidor brasileiro, como as cervejas Paulaner, uísques Dalmore, vinhos João Portugal Ramos e Santa Carolina e azeites Deleyda.
- Foi uma crise pela qual o mundo não passava desde da última Guerra Mundial. E imagina uma empresa familiar, com 51 anos, que teve como objetivo enfrentar esse super desafio. A Casa Flora amadureceu 10 anos nesses últimos quase dois anos como instituição. A série de projetos, propostas, desafios, sociedade, governança, tudo engavetado. De repente, você percebe que precisa trabalhar. Ajustando um pouco as agendas, conseguimos fazer com que todos os projetos, todas as nossas demandas que muitas vezes em uma empresa familar não são trabalhadas, fossem resgatados e trabalhados – detalha Neto, em entrevista ao Saideira.
Ele disse que foi “colocada uma pimenta em todas as áreas para fazer com que tivessem maior eficiência”:
- Na área de tecnologia, tivemos um super desafio em fazer com que a automação realmente se tornasse prioridade, desde a área contábil até a área logística, além da área comercial. É um novo centro logístico. Até na área financeira, onde o tempo inteiro analisamos custos e acompanhamos o orçamento, percebemos que podíamos fazer de maneira mais eficiente. A palavra usada foi eficiência.
Neto acredita que o consumidor vai continuar buscando novas experiências de consumo, e a Casa Flora vai buscar novidades para fornecer a restaurantes, hotéis, bares, empórios e mercados:
- Se tem uma coisa que a gente não regride, é hábito de consumo. O consumidor sempre vai buscar uma nova experiência, seja na gastronomia, seja com uma bebida. Nós, como curadores há mais de 50 anos, vamos buscar isso fora do Brasil para trazer para a mesa do consumidor.
Com relação aos problemas de abastecimento na indústria de bebidas causados pela falta de insumos, como garrafas, ele diz que a Casa Flora tem procurado ações estratégicas:
- A gente entende que o ciclo só se completa quando o produto chega aqui no Brasil para fazer a distribuição. E a gente sabe que a pandemia trouxe vários gargalos no mundo inteiro. Isso não depende de nós, mas cabe a nós agirmos nesse movimento de maneira estratégica, para que isso não interfira no nosso processo de curadoria e sim seja uma administração, e não interferência.
O executivo disse que a importadora está em negociação com produtores de cervejas, destilados e vinhos para trazer novidades para o mercado brasileiro.
- Os produtores do Velho Mundo aparecem com mais opções - adianta.