Não sei como funciona com as pessoas normais. Mas quem gosta de comer e de beber, como eu, faz um roteiro de viagens com todos os bares e restaurantes já incluídos. Destino definido, moleskine em mãos, sabores e cheiros vindo na cabeça... Mas, como estou por aqui mesmo, não teve jeito, fui desbravar o português mais próximo.
Depois de abrigar o El Gordo, o espaço no Leblon deu lugar ao Sassá, voo solo de Salvador Almeida, que dá nome a casa. Com cara nova, mais moderna, o ambiente é relax, e a equipe, uma graça.
Para retribuir a simpatia, experimentei duas das cinco sugestões dos drinques autorais do Sassá. Achei as combinações divertidas e ousadas, aliás.
O Abacajito (abacaxi, rum, hortelã e água com gás, R$ 28) é suave, refrescante e uma boa para quem quer entrara na onda do rum — a bebida do momento.
Como o foco era Portugal, pedi um Rosé Porto Tonic (R$ 32): vinho do Porto rosé, cardamomo, tangerina e tônica. Soa meio estranho por aqui. Por lá, faz sucesso. Fato é: me trouxe o cheiro de badalação da Terrinha.
Para acompanhar, jamon serrano (R$ 35) e misto português (R$ 43): morcela, choriço e farinheira, no cardápio. Como se tivessem lido a minha mente, naquele dia, veio alheira no lugar da farinheira. Vibrei. Não é leve, mas é divino.
Os famosos croquetes do El Gordo estão entre os hits que não deixaram o cardápio. Vendo a minha indecisão entre o de pato com molho de laranja ou o de leitão com molho de hortelã (R$ 32, ambos), o garçom foi certeiro: meio a meio. Ora, pois!
Sassá
Rua General San Martin 1.219, Leblon — 3079-9581 Ter e qua, das 17h às 2h. Qui a dom, das 16h às 3h.