O Rio ganha neste fim de semana um lugar dedicado aos sabores sertanejos, o Bar Kalango. Com pinta de botequim, o lugar resgata a comida afetiva nordestina pelas mãos de Kátia Barbosa, carioca e filha de paraibanos, e Emerson Pedrosa, paulistano e filho de cearenses.
- O Kalango nasceu da vontade intensa de reviver minhas raízes. O nome faz parte disso tudo, pois tem a ver com a paisagem nordestina, com uma das imagens que me vem à cabeça quando penso no sertão – cotna Katita. - Quero falar do sertão e da vida do sertanejo tendo a comida como referência.
O cardápio do novo bar da Praça da Bandeira foi montado com receitas que marcaram a vida da dupla e de uma intensa pesquisa de sabores e histórias.
- A comida nordestina é riquíssima, cheia de nuances que conseguimos enxergar com ainda mais riqueza no sertão. É de uma criatividade imensa, com muitas variações em cima de alimentos básicos do dia a dia - explica Pedrosa.
O mungunzá com caldo de mocotó e costelinha de porco deixa qualquer um de com água na boca. Mungunzá é um ensopado de milho branco, com leite de coco e especiarias típico do Nordeste. Deixa o chef explicar melhor:
O cardápio tem ainda baião de dois cremoso com nata e queijo coalho; rabada com angu branco; nhoque de feijão verde e Bode “borgonhon” na “Jurubeba Leão do Norte”.
Para beliscar, croquete de carne de sol, panelinha de angu com queijo, guisado de músculo e pesto de coentro, ceviche de banana da terra e mungunzá com mocotó.
E pra não dizer que não tem hambúrguer, tem o Kalango-Burguer, de carne de sol com picles de maxixe. Outro sanduíche do cardápio é o “Hot Bode” (cachorro quente com linguiça de cordeiro.
Para os dias mais frios ou para acompanhar a bebida, tem caldino de costela; de feijão de corda, ovo de codorna e torresminho, o de jerimum com coalho, de mungunzá e paçoca, e o da “caridade”, feito de pirão fino, ovo e legumes.
Bar Kalango
Rua Joaquim Palhares 513/Loja C, Praça da Bandeira