Ela vai de Norte a Sul de Portugal, produzindo vinhos que levam a assinatura das mais diferentes regiões daquele país: Vinhos Verdes, Douro e Porto, Dão, Bairrada, Alentejo e Tejo. Comandada pela enóloga Sónia Martins, a gigante Lusovini busca conjugar nos vinhos a tradição com a inovação. Isso é feito com a requalificação de vinhas velhas, plantio de novas vinhas, construção de adegas, entre outros. No Brasil, os rótulos chegam pela Total Vinhos.
- São vinhos genuínos, de terroir e de personalidade forte – diz o enólogo Tiago Dal Pizzol da Total Vinhos e TDP Wines, em apresentação on-line com os produtores.
Confira quatro vinhos da Lusovini que confirmam a diversidade de terroirs de Portugal e que estão à venda por aqui:
- Regateiro Jr Tinto Bairrada DOC 2017 (R$ 109) - O rótulo obteve 87 pontos Wine Enthusiast. O projeto marca a entrada de Carlos, filho do o diretor-presidente da Lusovini, Casimiro Gomes, no projeto. A proposta é de um vinho jovem e elegante, sem estágio em barricas. "E fui opositor desta ideia, mas reconheço que ele trouxe elasticidade e atrai pessoas de 20 a 30 anos, que não tinham provado nossos vinhos", conta Casimiro. É elaborado com Tinta Pinheira, Tinta Amarela, Touriga Nacional, Baga e Tinta Roriz, que passam por longa maceração. Tem coloração rubi e tem aromas de frutas vermelhas maduras e levemente compotadas, com notas de torrefação e especiarias. Harmoniza com carnes grelhadas, assados, embutidos e queijos duros.
- Regateiro Vinha d’Anita Bairrada DOC 2015 (R$ 599) - O rótulo obteve 17,5 pontos de Grandes Escolhas. O enólogo Casimiro Gomes buscou com o rótulo atender um pedido de sua mãe, Anita, com a produção de um estilo mais tradicional da Bairrada. É um monovarietal de Baga, com fermentação com maceração prolongada em lagar tradicional. Passou oito meses em barricas de carvalho francês. “Foi um desafio. É um vinho elegante, que não satura. Daqui a 30 anos, tenho quase certeza de que estará”, diz Casimiro. Tem complexidade e persistência em boca. Os aromas são de frutas vermelhas frescas. Tem potencial de guarda de 10 anos. Combina com leitão assado, pratos à base de carne vermelha assada, carnes grelhadas e galinha ensopada.
- Pedra Cancela Touriga Nacional 2014 (R$ 649) – Feito com Touriga Nacional, a mais emblemática e importante do Dão. O desengace é total, com fermentação e alguma maceração em lagar de granito. Passa 12 meses em barricas de carvalho francês novas e de segundo uso, e dois meses em cave de estágio. Tem coloração rubi com reflexos violáceos. Os aromas são de rosmaninho e violeta e, na boca, frutos silvestres. Os taninos maduros. Harmoniza com arroz de pato. “O Dão tem um potencial enorme, com espumantes frescos e vinhos brancos com Encruzado, por exemplo. Temos que buscar a diferença, sem esquecer o terroir e o que os antepassados deixaram”, afirmou Sónia.
- Tapada do Coronel Vinho de Talha 2017 (R$ 749) - Produzido no Alentejo, na Serra de São Mamede, é um branco quase laranja, feito com uvas de vinhas velhas da Tapada do Coronel. A predominância é de Arinto, Roupeiro, Antão Vaz. A produção é pequena: 1.100 garrafas. A vinificação é em talha, uma grande ânfora de barro. Essa técnica se originou com os antigos romanos e é usada até hoje nesta região de Portugal. A abertura das talhas ocorreu no fim de dezembro, com armazenamento em inox e posterior engarrafamento, em 2018. A cor é amarelo palha, com aromas de frutos secos, especiarias e notas terrosas. Harmoniza com pratos tradicionais alentejanos, como açordas. Pode ser consumido de imediato ou nos próximos anos, desde que guardado deitado em local fresco e sombrio. O teor alcóolico é de 14%.