De uns anos para cá, bares com dezenas de cervejas on tap se multiplicaram pela cidade. Frequento e gosto bastante de alguns deles. Mas, lá no fundo, sempre me pegava imaginando em como seria ter um lugar assim... só que de drinques. Pouco mais de um mês atrás, quando o The Cannibal abriu, na Cobal do Humaitá, descobri como é.
A oferta de 22 torneiras — 18 de drinques, sendo dois não etílicos; e duas de chope — quase me fizeram queimar a largada e sair pedindo uma provinha de cada. Mas, antes de qualquer coisa, quis saber como as bebidas iam parar dentro dos barris.
Com a informação na ponta da língua e simpatia, o garçom explicou que os drinques são carbonatados, passam por um processo de gaseificação, o que impede o contato com o oxigênio. E, ainda, que algumas receitas levam uma outra mistura de CO2 e nitrogênio para equilibrar melhor o gás.
Fiz cara de conteúdo, agradeci, e pedi uma sugestão. Fiz minha estreia com um negroni sunset (R$ 26), uma versão mais refrescante do queridinho da noite carioca.
A combinação amarga (e apaixonante) parece ser a grande aposta da casa, que ainda tem duas outras versões do coquetel. Feliz com a primeira, arrisquei a clássica (R$ 28).
Faltou equilíbrio, o que me desanimou a completar a trilogia com a opção defumada servida em (mais uma) garrafinha de caveira.
Surpreendentes mesmo foram os comes: um inesquecível BLT (R$ 26), com um carnudo bacon Berna, e o fish & chips com casquinha de lager (R$ 32).
E, como estamos entre amigos, confesso: roubei alguns cubinhos de tofu na panko (R$ 29) do vegetariano da mesa. E mais: cuidado com o que deseja.
The Cannibal
Cobal do Humaitá. Rua Voluntários da Pátria 446, Humaitá. Ter a qui e dom, das 18h à meia-noite. Sex e sáb, das 18h à 1h. C.C.: Todos.