Convencer os amigos a deixar a rota dos bares da Zona Sul é sempre uma aventura que eu, diga-se de passagem, adoro. Quando sugeri um bar novo no Rio Comprido não foi diferente. Mas insisti — e paguei o táxi.
Quando o Waze disse que tínhamos chegado ao nosso destino, a descrença foi geral. E, realmente, o casarão da década de 1920 não dava qualquer pista de que havia um bar ali.
Mas a ideia é essa mesmo. O conceito da primeira casa de Alex Miranda e Lelo Forti é de um speak easy, os bares secretos que surgiram com a Lei Seca nos EUA.
Para não perder o clima de proibidão, só funciona às sextas e sábados. Mas não tem nada de ilegal e é aberto a todos.
Dividida em três espaços, a Mixxing tem cenário para todos os gostos. Num cantinho, sofás e almofadas criam um espaço intimista. Bom para grupos que buscam um papo mais reservado.
Em outro, uma pista de dança com pop rock das décadas de 1980 e 90 ganha adeptos à medida em que a noite evolui.
No meio disso tudo, e em frente a um paredão de garrafas raras de fazer inveja a colecionadores, ele, o balcão. O ponto é ideal para quem quiser saber mais sobre as histórias (e lendas) da coquetelaria.
Cardápio fixo de bebidas é coisa que não existe por lá. Os coquetéis são criados especialmente para cada cliente, que pode também optar pelos clássicos, como o negroni ou blue blazer (feito de uísque e fogo).
A exclusividade tem lá seu preço, mas é justo: R$ 17 (drinques nacionais) e de R$ 25 a R$ 35 (importados).
Não se espante com o dress code. Coletes, suspensórios e até cartolas estão em alta por lá. Não são obrigatórios, mas ajudam a completar o clima.
Mixxing
Rua Aristides Lobo 229, loja 3, Rio Comprido — 2225-7555. Sex, das 19h às 3h. Sáb, das 20h às 4h. Entrada: R$ 10 (mulher) e R$ 15 (homem).